Tirando o famoso polimento, a educação (ou falta de) no dia-a-dia e todas as máscaras que usamos para tentarmos ser mais agradáveis, discretos, gentis e bem quistos, quem somos de verdade? Deixando de lado tudo aquilo que é preciso para viver numa boa em sociedade, quem és tu?
Te conheces a fundo? Te conheces de verdade? Acho que não. A vida é mistura de correria alternada com períodos de tédio e marasmo e, no meio disso, viramos um sanduíche, ficamos prensados e já condicionados a seguir uma linha, um padrão. Certas atitudes são mecânicas. A rotina é mecânica. Está tudo ali, sabes que tens que ir para o trabalho todos os dias; que terças e quintas tens aula de pilates; quartas e sextas tens yoga e sábado é dia de pôquer. Domingo é almoço em família. É assim há anos, pra que mudar? Diversificar? Tudo bem, às vezes tu te sentes sem saco, mas segues a rotina.
Para aí.
Pessoas não são máquinas. Algumas regras temos que seguir, ninguém pode sair pelado na rua, roubar, matar e dirigir em alta velocidade (se alguém quiser levar uma multa, correr o risco de sofrer um acidente e/ou ser preso, vai fundo). Mas o papo é mais profundo. Toc, toc, o que está aí dentro? Por fora, o que mostras, o que transmites e passas nós sabemos.
A questão é: te conheces a fundo, de verdade? Quem tu és? O que vai nessa cabeça? Nesse coração?
As pessoas têm um Lado A e um Lado B. O lado A é o lado bom, legal. O lado B é o lado maldoso, fofoqueiro e pecaminoso. O lado B vai pro inferno, é sórdido, semi-perverso, egoísta, estúpido e doido. Já o lado A é a nossa parte anjo. O equilíbrio entre o anjo e o diabo é o que nos constitui. É o que molda e forma a personalidade de cada um. Claro, uns são mais anjos, outros são mais diabinhos. Mas os dois lados, eu garanto, todos nós temos.
Ninguém é 100% bom. E ninguém é 100% ruim. O que faz as pessoas serem boas e/ou ruins? Instinto? Não sei.
Quero saber quem tu és de verdade. Quero saber as tuas verdades. Quero saber quem tu és quando estás sozinho no teu quarto com os teus pensamentos...