Pessoas são perigosas. Maquiavélicas. Fofoqueiras. Metidas. Cruéis. Alguns se sentem juízes, pensam que podem sair julgando ou um outro (ou todos). Rótulos, julgamentos e pré-conceitos.
Olha como a Claudia é infantil, chora há 3 dias porque o cachorro fugiu. Nossa, tu viste a cara da Rafaela hoje? Deve ter brigado com o marido...ou então descobriu que ele tem um caso com a prima da amiga dela. Sabes da última? Osvaldo Jr. é gay, isso aí, trocou a noiva pro um gurizão da academia.
Tem gente que adora cachorros, outros não são muito chegados. Preferem gatos, peixes, iguanas. Cada um com seu gosto. Existem os que não gostam de bicho nenhum. Não dá pra tentar medir ou julgar a dor do outro. Cada um tem uma sensibilidade, uma estrutura emocional e um padrão de funcionamento. O que pra ti pode parecer pouco pro outro pode ser muito. O que pra ti pode ser um problemão pro outro pode ser besteira.
Em alguns dias estamos simplesmente calados. E queremos ficar na moita, sem ninguém pra perturbar. Isso não quer dizer que brigamos com alguém ou descobrimos a traição do Fulano. E se a pessoa está sendo traída o problema é único e exclusivo dela. Se ela não sabe, bem, as máscaras sempre caem. E se sabe? Talvez permaneça numa relação desse tipo por medo. Insegurança. Amor. Falta de amor por si mesmo. Auto-estima abaixo de zero. Isso não nos diz respeito. Mesmo.
E o cara que é gay? Trocou a noiva por outro homem...ele está feliz? Bom pra ele. Não importa se ele está com uma mulher ou com o gurizão da academia, se ele está em paz e de bem com a vida, ótimo.
Ninguém é Deus. E ninguém (ninguém mesmo!) tem o direito de colocar o dedo na cara de uma pessoa e julgá-la. E fazer comentários maldosos e levianos. As pessoas têm que olhar para as suas vidas, cuidar dos seus problemas e parar de meter o bedelho na vida do vizinho.
Vai ser feliz, vai. Quem se preocupa demais com a vida de quem está ao lado deve ser uma criatura tremendamente vazia, infeliz e amargurada. É o tipo de gente (gentalha, gentalha) que se diverte fazendo a caveira do outro. Que inventa, aumenta e julga. Vai viver a tua vida. Cada um sabe de si, do que dói e do que não dói. "Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é." Portanto, deixa o outro e olha pra ti.
P.S. Para todos os juízes-babacas e manés-que-andam-com-o-carimbo-do-rótulo-nas-mãos!!!!!!!
