Pessoas que sentem muito automaticamente sofrem muito. Pessoas que são intensas e amam ao extremo se machucam com mais facilidade. Isso não faz com que sejam fracas, pelo contrário, são pessoas fortes, corajosas, destemidas.
Eu amo demais. E amo amar demais. Sinto mesmo. Tenho sentimento, expresso meu sentimento, coloco pra fora as emoções. Deixar guardada uma emoção? Não mesmo! O que eu ganho com isso? Emoção foi feita pra ser sentida. E vivida. E enaltecida. Vergonha? Não. Vergonha é ter o coração de pedra. Vergonha é ter medo de chorar. Vergonha é ficar preocupada com o que os outros vão achar. E falar. Vergonha é não sentir nada. É ser uma pedra gelada. E morta. Vergonha é não viver.
Literalmente eu não estou nem aí. Amo, amo, amo. Me apaixono todo o santo dia. Por um filme, uma música, um céu diferente, uma linha, uma tinta, uma tela, um pedaço de papel. Me apaixono por tudo. Por mim. Pelos outros. Pela vida. Pelos meus sonhos. A gente tem que sonhar. Temos que querer algo. E temos que amar esse "algo". Sem amor não resolve.
Vejo um povo por aí que tem o coração meio travado. Amargurado. Quebrou a cara? O coração foi quebrado? Isso não é motivo pra não tentar enxergar os dias belos, as melodias coloridas e novos horizontes. Não é motivo pra amargura. E dor. Temos duas opções: resolver fechar o coração ou deixá-lo completamente solto. Livre. Vago. Quem tem o coração vago pode preenchê-lo a qualquer momento. Qualquer hora. Qualquer dia. Qualquer minuto. E nem precisa ser por uma pessoa. Pode ser por arte, música, poesia, lugares bonitos, sonhos. O importante é não deixar juntar pó no coração. E nem deixá-lo na solidão.
Prefiro amar demais. Sentir demais. E até mesmo sofrer demais...do que não sentir nada.