Não pensa que fiquei contente em te ver chorando. Pelo contrário, senti aquela dor doída. E pena. Dó mesmo. Não gosto de te ver triste, nem desiludido. Perdoa se usei palavras duras, não quis te magoar. E não queria te ferir. Me falta um pouco de tato, eu sei. Um dia você me deixou com o coração na mão e a alma desfigurada. Não estou te revidando, ao contrário do que você pensa não sou má e nem vingativa. Eu te quis demais. Me apaixonei demais. Quis te cuidar, te roubar, te proteger dos males do mundo. E me senti bem quando você disse que existiu algum tipo de sentimento aí dentro. Mas é uma pena. Você fugiu na hora inadequada. Você falou, mas não demonstrou e isso acabou matando, pouco a pouco, tudo de lindo que eu sentia. Eu te quero bem. Te quero sorrindo. E quero, também, dizer que um dia (quando você saiu por ali) fiquei perdida. E, com o passar do tempo, me perdi de você.
Sobre o blog
Clarissa Corrêa
Clarissa Corrêa é escritora e redatora publicitária.
É autora dos livros Um pouco do resto, O amor é poá, Para todos os amores errados e Um pouco além do resto.
Já foi colunista do site da Revista Tpm, do Vila Mulher e do Donna.
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