Demoramos um longo espaço de tempo para encontrar aquela pessoa. E me pergunto: por onde andávamos? Estávamos cegos? Tontos? Em outro planeta? Essa resposta não existe, podíamos estar tudo isso. E mais um pouco. E mais um muito. A vida também é culpada. Muitas vezes ela vai e vem, dá mil voltas, sai de compasso, perde o rumo e só promove o "encontro" num determinado momento. E que momento é esse? Está escrito, foi planejado ou preestabelecido? Ninguém sabe. Ninguém viu. Mas todo mundo sente.
Esse "sentir" é o que nos move. O que nos faz andar pra frente. Perder a cabeça, colocar a cabeça no lugar, trocar de cabeça, vender a cabeça, emprestar a cabeça. Sei lá, a cabeça fica fora de órbita. E o coração então? Bah, o coração fica tum-tum-tum-tum. E feliz. Ou então o coração fica apertado, com os batimentos um pouco mais lentos. O que importa nem é o estado do coração, mas quanto tempo demoramos para encontrar quem queríamos. Quem esperávamos pra tentar fazer dar certo. E-não posso deixar de dizer-temos que ser suficientemente inteligentes e espertos para perceber que aquela pessoa é quem passamos tanto tempo tentando encontrar. Muitos nem percebem. Só percebem quando a pessoa vai embora. Aí...bem aí é complicado. Porque o tempo não volta atrás. E nem tem dó. Ele anda (bem rápido).
Eu gostaria de saber por onde andei. Mas não sei dizer. Sei que pensei que eras aquilo que me faltava. Talvez eu tenha me enganado. A gente se engana de vez em quando. E isso não é errado. Todavia, permaneço adormecendo pensando em ti. Talvez eu esteja errada. E enganada. Talvez eu tenha que adormecer pensando numa forma de te esquecer...