Bastam poucas palavras para perder um amor. Para ocasionar um grande mal. Para abrir aquela ferida que demora cem anos para cicatrizar. Algumas feridas não cicatrizam nunca, nós sabemos disso. Quando parece que estamos curados...começa tudo a sangrar novamente. Não adianta nem usar pomada. Anti-séptico. Merthiolate. Mercúrio. Esparadrapo. Band-aid. Nada faz passar a dor. O certo é que a dor diminui, de dorzona passa a ser dorzinha. Pode não passar totalmente, mas os dias (e as noites) fazem com que a gente enxergue as situações com mais clareza. O tempo e as experiências nos fazem adquirir maturidade. E estabilidade emocional. Nos tornamos mais fortes. Mais estruturados. Mais seguros.
Em poucos segundos uma vida a dois é jogada fora. Em poucos minutos uma parte de nós se perde no universo, numa multidão qualquer. E é essa a dor que mais dói. Sobra a saudade. E resta a vontade. Vontade de voltar atrás, de fazer tudo de novo, de não cometer erros, de não deixar o sentimento se perder no espaço sideral.
Mas quem garante que se fizéssemos tudo diferente o desfecho de uma história de amor seria outro? Não há como prever. No que depende SÓ das nossas atitudes, nós nos garantimos. Mas e o que depende de outra pessoa...é mistério. Não existe a menor certeza.
Por isso, na retrospectiva de emoções não devemos nos arrepender.
O que foi feito, foi feito.
O que foi dito, foi dito.
Cuidado com as ações e use as palavras de forma moderada.
Quem fala esquece, quem ouve não. Não quer magoar? Pensa antes de falar.
Já tentou e não tem mais jeito? Chora, põe pra fora. E levanta. A vida não pára. O tempo não vai passar mais devagar pra te esperar...