Sei que você tem um lado, hãn, um lado bom. Mas você é desmemoriado. "Esquece o que passou, meu bem, toma, não quero isso" (tira a aliança do dedo e está resolvido). Você esqueceu dos detalhes, não é mesmo? Não dá pra entender todo o filme se só assistimos o último pedacinho. O desenrolar do enredo se torna demasiadamente difícil de ser compreendido.
Você fez a sua escolha. Quis aquela mulher, não foi? Pois fique com ela e eu digo isso despida de rancor ou dor-de-cotovelo. Digo isso sem sentimento, aliás, vou colocar um reparo aí: tenho sentimento, mas não é por você. Não mais. E é isso que te incomoda. Só que eu JÁ TIVE sentimento por você. Lembra o que me mandou fazer com ele? Pois eu lembro. Por isso você é desmemoriado. E biruta. E você está acabado, o que ela fez com você? Não vou entrar nesse mérito. Nós dois sabemos que você não é comediante, portanto coloca a aliança no dedinho, pega a mochilinha e sai de fininho antes que a gente comece a brigar.
Passei pela síndrome-da-mulher-trocada há tempos atrás. Me perguntei o que ela tinha que eu não possuía. Período nebuloso que todas as mulheres já devem ter vivido algum dia. Perturbação mental de o-que-ela-tem-que-eu-não-tenho-pelo-amor-de-Deus-me-diz. Juro que até hoje não descobri. Ju-ro. Mas ela é uma pessoa bacana e te dá estabilidade emocional. É uma mocréia e girafa e corcunda, mas é até simpática.
Então você veio. Veio como da primeira vez, como se tudo ainda existisse e como se o relógio não tivesse andado. Coloca as promessas no bolso, não preciso delas. E não quero entrar nessa novamente. Você diz que mudou. Concordo em gênero, número e grau. Você está diferente. E abriu o coração. E me deu explicações. E as respostas que, um dia, eu tanto procurei embaixo do tapete, em cada canto. E motivos. E me propôs acordos. E planos. E sonhos. E rimos. E choramos. E cantamos.
Pra mim foi ótimo, de verdade. Foi bom pra você? Sei que não. Mas pra mim foi, precisava te dizer muitas coisas e, confesso, meu ego necessitava ouvir todas as suas palavras e confissões. Só que eu também mudei. Você disse que não se enxerga mais nos meus olhos e que não fico mais nervosa, mexendo na corrente e no brinco perto de você. Quer aquela de volta, mas aquela não existe mais. Eu quis um dia esse cara que você foi agora de volta. E esperei sentada. Até que eu cansei. Você se atrasou, chegou tarde, demorou. Você estava confuso? Mas acabou matando aquela. Não veio ao velório, não compareceu a missa de sétimo dia, mas resolveu dar as caras na de um ano. UM ANO. É tempo demais.
Então nós caminhamos de mãos dadas pelo passado...e descobrimos que o jogo acabou e você ficou com as peças na mão.
Você fez a sua escolha. Quis aquela mulher, não foi? Pois fique com ela e eu digo isso despida de rancor ou dor-de-cotovelo. Digo isso sem sentimento, aliás, vou colocar um reparo aí: tenho sentimento, mas não é por você. Não mais. E é isso que te incomoda. Só que eu JÁ TIVE sentimento por você. Lembra o que me mandou fazer com ele? Pois eu lembro. Por isso você é desmemoriado. E biruta. E você está acabado, o que ela fez com você? Não vou entrar nesse mérito. Nós dois sabemos que você não é comediante, portanto coloca a aliança no dedinho, pega a mochilinha e sai de fininho antes que a gente comece a brigar.
Passei pela síndrome-da-mulher-trocada há tempos atrás. Me perguntei o que ela tinha que eu não possuía. Período nebuloso que todas as mulheres já devem ter vivido algum dia. Perturbação mental de o-que-ela-tem-que-eu-não-tenho-pelo-amor-de-Deus-me-diz. Juro que até hoje não descobri. Ju-ro. Mas ela é uma pessoa bacana e te dá estabilidade emocional. É uma mocréia e girafa e corcunda, mas é até simpática.
Então você veio. Veio como da primeira vez, como se tudo ainda existisse e como se o relógio não tivesse andado. Coloca as promessas no bolso, não preciso delas. E não quero entrar nessa novamente. Você diz que mudou. Concordo em gênero, número e grau. Você está diferente. E abriu o coração. E me deu explicações. E as respostas que, um dia, eu tanto procurei embaixo do tapete, em cada canto. E motivos. E me propôs acordos. E planos. E sonhos. E rimos. E choramos. E cantamos.
Pra mim foi ótimo, de verdade. Foi bom pra você? Sei que não. Mas pra mim foi, precisava te dizer muitas coisas e, confesso, meu ego necessitava ouvir todas as suas palavras e confissões. Só que eu também mudei. Você disse que não se enxerga mais nos meus olhos e que não fico mais nervosa, mexendo na corrente e no brinco perto de você. Quer aquela de volta, mas aquela não existe mais. Eu quis um dia esse cara que você foi agora de volta. E esperei sentada. Até que eu cansei. Você se atrasou, chegou tarde, demorou. Você estava confuso? Mas acabou matando aquela. Não veio ao velório, não compareceu a missa de sétimo dia, mas resolveu dar as caras na de um ano. UM ANO. É tempo demais.
Então nós caminhamos de mãos dadas pelo passado...e descobrimos que o jogo acabou e você ficou com as peças na mão.