Preciso lhe contar um segredo: não sou tudo isso que você pensa. Não, eu não sou. Eu tenho tantos defeitos, você consegue enxergar? Tenho. Passei um tempo na escuridão, sem lanterna, vela, fogo, nada. Nada em mãos, só os meus pré-julgamentos, idéias tolas e imaginação rodopiando no tapete da minha mente.
Quero lhe dizer que acordei, as luzes se acenderam. Inventei um você. Criei uma coisa que, Deus sabe, não existe. Só que eu acordei, lhe juro, acordei, peguei o sabonete, lavei o rosto e vi: você é o que você é. Apenas isso. Sem invenções. Sem criações. Sem máscara. Vocé é isso. Posso lhe aceitar assim ou posso lhe dar tchau, apertar sua mão, quem sabe dar um último beijo e fazer um aceno. De repente posso pegar um lencinho e ficar sacudindo, como antigamente as mulheres faziam. Os maridos iam partir, lá estavam elas: meio-sorriso-antecipando-saudade-no-rosto e lencinho chacoalhando, pra lá, pra cá, bye, bye, marido, você voltará?
Eu gostaria que a nossa vida fosse que nem os últimos capítulos das novelas do Manoel Carlos. Mas não é, baby, não é. Não somos globais, não acordo maquiada, meu cabelo não está sempre impecável. Nós brigamos, nos desentendemos, não nos entendemos, dizemos que não queremos mais, voltamos atrás, começamos, recomeçamos.
E a verdade? Nós nem começamos ainda. Estamos verdes. O tempo traz a maturidade. Precisamos ficar maduros para, então, vivermos. Será? Sim. Hoje consigo lhe enxergar. Lhe aceitar. Lhe perdoar por coisas que você nem sabe que fez, mas perdoei. Consigo me perdoar por coisas que sei que fiz, que nem sonho, mas me perdôo. Você perdoa? Nunca quis, nem quero, lhe magoar. Pelo contrário e você sabe. Você não quer me magoar, e eu sei.
Mas eu quero você. Ah, como eu quero você. Quero tanto você que quando penso no tanto que quero meu peito dá uma aquecida e meu olho enche de lágrima. Porque quero muito. O amor se dá quando aceitamos o outro. E quando, de alguma forma, nos absolvemos. Estou lhe aceitando. Se tiver que pagar, eu pago.
Só me faça um favor: atire o medo pela janela.
Quero lhe dizer que acordei, as luzes se acenderam. Inventei um você. Criei uma coisa que, Deus sabe, não existe. Só que eu acordei, lhe juro, acordei, peguei o sabonete, lavei o rosto e vi: você é o que você é. Apenas isso. Sem invenções. Sem criações. Sem máscara. Vocé é isso. Posso lhe aceitar assim ou posso lhe dar tchau, apertar sua mão, quem sabe dar um último beijo e fazer um aceno. De repente posso pegar um lencinho e ficar sacudindo, como antigamente as mulheres faziam. Os maridos iam partir, lá estavam elas: meio-sorriso-antecipando-saudade-no-rosto e lencinho chacoalhando, pra lá, pra cá, bye, bye, marido, você voltará?
Eu gostaria que a nossa vida fosse que nem os últimos capítulos das novelas do Manoel Carlos. Mas não é, baby, não é. Não somos globais, não acordo maquiada, meu cabelo não está sempre impecável. Nós brigamos, nos desentendemos, não nos entendemos, dizemos que não queremos mais, voltamos atrás, começamos, recomeçamos.
E a verdade? Nós nem começamos ainda. Estamos verdes. O tempo traz a maturidade. Precisamos ficar maduros para, então, vivermos. Será? Sim. Hoje consigo lhe enxergar. Lhe aceitar. Lhe perdoar por coisas que você nem sabe que fez, mas perdoei. Consigo me perdoar por coisas que sei que fiz, que nem sonho, mas me perdôo. Você perdoa? Nunca quis, nem quero, lhe magoar. Pelo contrário e você sabe. Você não quer me magoar, e eu sei.
Mas eu quero você. Ah, como eu quero você. Quero tanto você que quando penso no tanto que quero meu peito dá uma aquecida e meu olho enche de lágrima. Porque quero muito. O amor se dá quando aceitamos o outro. E quando, de alguma forma, nos absolvemos. Estou lhe aceitando. Se tiver que pagar, eu pago.
Só me faça um favor: atire o medo pela janela.
