eu odeio domingos. muito. demais. pra cacete.
sempre ouvi falar que domingo é ruim, domingo não tem nada na tv, domingo é deprimente. e sempre achei esse bando de gente argh, amargurados, chatos, bocoiós.
domingo é ruim, domingo não tem nada na tv, domingo é deprimente. sou argh, amargurada, chata e bocoió.
sem letra maiúscula em começo de frase, domingo não merece. nada na tv aberta e nada na net, era pra ter alguma coisa na net, a net é paga, a net era pra dar filme bom em domingos chuvosos, TPMísticos, pós-pipoca, pós-chocolate, pós-café-puro, pós-café-com-açúcar, pós-café-com-adoçante, pós-vinho, pós-cerveja, pós-tequila, pós-tudo-o-que-era-comestível-e-bebível-que-estava-no-armário-e-na-geladeira. domingos com o nariz vermelho devido ao filme que já passou trinta e três vezes na net, a net, aquela, aquela que era pra ter alguma coisa boa e não um filme que já passou mais de trinta e três vezes. um filme que faz chorar pela trigésima terceira vez uma devoradora de pós-tudo. e com o namorado viajando, leia-se: sem namorado no domingo chato chuvoso blé. sem namorado, mas com espinha no queixo. espinha com filho. dois filhos, um casal. menino e menina. menina menor, menino maior. mas ambos bem criados pela mãe, a dona espinha, rainha do queixo e da desgraça alheia.
e o domingo demorou pra passar. até que enfim a net trouxe uma novidade: um filme de suspense aterrorizante, que fez a espinha morrer de medo e explodir, junto com os seus dois filhos. aí o domingo acabou. e veio a segunda. euodeiosegunda.com