A mulher que não dormia

By | 21:20

Demorei um pouco pra pegar no sono. Fiquei pensando naquelas coisas. Eu sei que você sabe e acho que eu também já sei ou me convenci ou aprendi ou ou que a gente não deve parar pra pensar quando deita. A hora de dormir é a hora de dormir. Xô, pensamentos! Lembro que a minha mãe ficava - e ainda fica - louca quando sento pra jantar cantarolando ou lendo ou ou. Acho que agora entendo o que ela quis dizer: tudo no seu tempo.


A insônia me persegue. Não sei bem se é insônia, o negócio vem e vai, é que nem qualquer coisa assim que vem e vai. Sabe aquilo que vem e vai? É aquilo mesmo. Eu deito, me ajeito na cama, ajusto edredons e cobertores, cubro a orelha e penso tá legal, vamos dormir agora. Mas nem eu me obedeço. Depois ainda tenho a cara de pau de querer ensinar a cadela a andar ao meu lado na rua (sem coleira). Faça-me o favor!


Eu queria ter um bom sono. Deitar, pegar no sono, ter lindos sonhos e acordar sem olheiras, com cara de fui-bem-dormida. Isso nem sempre acontece. Me reviro até dizer chega pro colchão. Vezenquando o sono é legal comigo e aparece cedo. Outras vezes ele é bem mal educado e me deixa um tempão esperando. Faço de tudo. Leio, assisto televisão ou algum filme entediante. Rezo, peço pelo amor dos anjos me deixem dormir. Nada.


Quando eu não posso dormir, adivinha, sinto uma soneira danada. Hoje mesmo eu tava batendo cabeça em horas impróprias. Quando dá um filme muito bom - e que eu esperava ansiosamente há milênios pra assistir - eu capoto sem a menor cerimônia. Não sei o que acontece, talvez seja a Lei de Murphy. Quando eu penso que ela me esqueceu, tsc tsc, ela volta. É, uma vez disseram que eu era inesquecível. Tô começando a acreditar nisso.
Postagem mais recente Postagem mais antiga Página inicial