(Vamos deixar de ser hipócritas: a embalagem importa muito, pois é ela que valoriza o presente, por mais que a gente corte o laço ou amasse a caixa.)
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Ontem eu assisti À procura da felicidade, com o Will Smith. O filme é inspirado na vida do Chris Gardner, um vendedor azarado que se tornou corretor da bolsa de valores - e milionário. A cena que mais me tocou foi quando ele e o filho passaram a noite em um banheiro da estação de metrô. Sem dinheiro, sem casa, sem emprego e sem mulher, ele tinha que cuidar do filho e perseguir um sonho. Na cena, o personagem, vivido por Will Smith, forrou o chão do banheiro com papel toalha, trancou a porta, colocou as malas num canto, sentou, abraçou o filho. E, quando algum desesperado começou a bater e chutar a porta, lágrimas escorreram pelo rosto dele, enquanto carinhosamente cobria os ouvidos do filho, como se quisesse proteger o pequeno de qualquer mal.
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Me chamou atenção a perseverança. A história se desenrola em São Francisco, na década de 1980. Chris Garder (Will Smith) é vendedor de scanners ósseos e caminhava o dia inteiro atrás de médicos, hospitais e possíveis compradores. A máquina era cara, poucos compravam. Um dia, Chris viu um homem com cara de bem-sucedido estacionar uma super Ferrari vermelha. Ficou fascinado e perguntou para o sujeito como ele conseguiu tudo aquilo. Ele explicou que trabalhava na Bolsa, Chris se espelhou no cara, decidiu investir nesse ramo e se candidatou a uma vaga de estágio. Ele só não sabia que essa vaga era difícil de conseguir e que o estágio não era remunerado. A mulher dele cansou de tantas promessas de uma vida melhor e se mandou. Agora, precisava cuidar do filho, pois só tinham um ao outro. Os dois passaram a viver de uma forma quase miserável, mas sempre com muito amor e imaginação. Dormiram em abrigos para sem-teto, Chris fazia um esforço fenomenal para se dar bem no estágio.
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Como presente, recompensa ou seja lá o nome que você queira dar, o sucesso. Chris conseguiu o emprego, depois de tanta dor, insegurança, incerteza. Chorei, é claro. A gente nunca deve desistir dos sonhos, por mais bobos ou loucos que pareçam ser.
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Assim como na vida de Chris, muitas vezes o caos se instala. Olhamos para o lado e não vemos a menor saída. Mas sabe onde fica a saída? Lá onde você desiste bem na hora de procurar. A gente olha e olha e pensa chega, eu desisto, mas não dá, tem que continuar, é depois desse lugar que você acha que não tem nada é que tem alguma coisa. E é preciso esforço, porque nada vem de graça, tem que ter suor e bolha no pé.
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Meu presente de Natal pra você é esse: não desista, mesmo que tudo conspire contra você.
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P.S.:Quero agradecer aos que me acompanham sempre. Nem tenho como agradecer por tanto carinho. Obrigada, de coração, de verdade. Agradeço aos que viraram amigos, aos que me escrevem sempre, aos que torcem por mim, aos que riem e choram com minhas palavras, aos que criticam, palpitam, opinam, rezam. Gente, sou muito feliz por vocês gostarem do que eu faço, mesmo! Um pouco do resto era a grande promessa de 2009. Em julho, entreguei o original pra editora. Mas atrasou mais do que eu esperava, peço paciência e calma, ele vai chegar. Falta só um detalhe da capa, agora tem as festas de final de ano, tudo atrasa. Acredito que em janeiro ou fevereiro ele fique prontinho, vou avisar aqui sobre o lançamento. Em breve, novos projetos vão rolar também. Poxa, muito obrigada. Muito, muito. Que 2010 venha com tudo: paz, amor, saúde, sucesso, dinheiro. E que você se encontre sempre. Um beijo grande!
