(Em outras palavras, o amor excessivo por você mesmo pode acabar te matando.)
Tenho uma teoria sobre gente que se ama e se adora demais. Tudo bem, sei que você já deve estar um pouco cansado das minhas teorias malucas. Mas, por favor, me dê só um pouquinho de atenção.
Acho bem legal se amar. Mas até o amor por si mesmo precisa ter limite. Pessoas que se amam demais normalmente são egoístas. E pessoas egoístas geralmente terminam sozinhas. Concorda? Agora que sabemos a teoria vamos passar para exemplos do dia a dia. Preparado? Quem se ama muito vive falando das próprias qualidades. Se acham bons em tudo: na cama, na mesa e no banho. Vivem falando que são ótimos profissionais, ninjas sexuais, amigos incríveis, pessoas mega bondosas. Isso sem falar no espelho, espelho meu: se acham lindos. Melhor cabelo, melhor olho, melhor pele, melhor bunda, melhores peitos, melhor pau.
A pessoa que se ama ao extremo adora se admirar e tem mania de grandeza. Não se enxerga como realmente é, valoriza até o que não tem e muitas vezes comete deslizes. Conheço algumas mulheres que se acham as lindonas do pedaço e são muito, muito feias por dentro e por fora. Uma delas, inclusive, é bem feia e vive contando para todos sobre a vida sexual. Relata com riqueza de detalhes peripécias sexuais, o que fez e deixou de fazer, como se aquilo fosse um atestado sou-feia-mas-tenho-gente-pra-me-comer. Ela tem uma necessidade de dizer sou-feia-mas-trepo (É claro que esse "dizer" é nas entrelinhas, porque uma pessoa que se ama ao extremo jamais revelará um defeito em público.).
Existem os que têm um pouco, bem pouco de poder, se acham os tais e esfregam o poder na cara das pessoas. Tem os muito poderosos que sabem que são muito poderosos e agem como se fossem muito poderosos. Tem também os que só têm nome. Os que se acham muito descolados e divertidos. Os que se acham as melhores pessoas do mundo. Tem de tudo.
O centro de tudo, pra mim, é o ego. Ego. Autoestima inchada. Amor-próprio acima das nuvens. Ou pura falsidade. Porque ninguém se ama tanto assim. Pessoas saudáveis têm consciência dos seus defeitos, é impossível alguma criatura no mundo se achar tão superior, boazuda e acima do bem e do mal. Peraí, isso é coisa de gente dodói da cabeça.
Vivo num mundo onde o ego impera. Publicitários e escritores são as criaturas mais convencidas do universo. Publicitários se gabam por causa de suas campanhas, muitos são capazes de fazer qualquer coisa por causa de prêmios, outros tantos viram metidinhos por causa de um Leão. Grrrrr. Escritores morrem abraçados no próprio texto. Não aceitam críticas. Não gostam de ser julgados. Acham que são os melhores do universo e metem pau uns nos outros. Ok, eu sei que existem médicos, advogados, dentistas, pintores, engenheiros, secretárias, administradores, balconistas convencidos. É do ser humano.
Procuro ter noção das coisas. Às vezes escrevo uma coisa e acho muito, muito legal. Em outras tantas acho um lixo. E a vida é assim: nem sempre dá tudo certo e nem sempre dá tudo errado. É aprendizado. Mas desconfio e procuro me afastar de gente que mostra uma vida que não precisa de retoques. Todo mundo precisa de ajustes, internos e externos. As pessoas que se amam demais se julgam quase perfeitas. Isso me preocupa. É tanto ego, tanta adoração que acho que tudo isso não pode ser amor. É piração. Quem ama entende que até o amor tem defeitos. É assim que a coisa funciona.
Acho bem legal se amar. Mas até o amor por si mesmo precisa ter limite. Pessoas que se amam demais normalmente são egoístas. E pessoas egoístas geralmente terminam sozinhas. Concorda? Agora que sabemos a teoria vamos passar para exemplos do dia a dia. Preparado? Quem se ama muito vive falando das próprias qualidades. Se acham bons em tudo: na cama, na mesa e no banho. Vivem falando que são ótimos profissionais, ninjas sexuais, amigos incríveis, pessoas mega bondosas. Isso sem falar no espelho, espelho meu: se acham lindos. Melhor cabelo, melhor olho, melhor pele, melhor bunda, melhores peitos, melhor pau.
A pessoa que se ama ao extremo adora se admirar e tem mania de grandeza. Não se enxerga como realmente é, valoriza até o que não tem e muitas vezes comete deslizes. Conheço algumas mulheres que se acham as lindonas do pedaço e são muito, muito feias por dentro e por fora. Uma delas, inclusive, é bem feia e vive contando para todos sobre a vida sexual. Relata com riqueza de detalhes peripécias sexuais, o que fez e deixou de fazer, como se aquilo fosse um atestado sou-feia-mas-tenho-gente-pra-me-comer. Ela tem uma necessidade de dizer sou-feia-mas-trepo (É claro que esse "dizer" é nas entrelinhas, porque uma pessoa que se ama ao extremo jamais revelará um defeito em público.).
Existem os que têm um pouco, bem pouco de poder, se acham os tais e esfregam o poder na cara das pessoas. Tem os muito poderosos que sabem que são muito poderosos e agem como se fossem muito poderosos. Tem também os que só têm nome. Os que se acham muito descolados e divertidos. Os que se acham as melhores pessoas do mundo. Tem de tudo.
O centro de tudo, pra mim, é o ego. Ego. Autoestima inchada. Amor-próprio acima das nuvens. Ou pura falsidade. Porque ninguém se ama tanto assim. Pessoas saudáveis têm consciência dos seus defeitos, é impossível alguma criatura no mundo se achar tão superior, boazuda e acima do bem e do mal. Peraí, isso é coisa de gente dodói da cabeça.
Vivo num mundo onde o ego impera. Publicitários e escritores são as criaturas mais convencidas do universo. Publicitários se gabam por causa de suas campanhas, muitos são capazes de fazer qualquer coisa por causa de prêmios, outros tantos viram metidinhos por causa de um Leão. Grrrrr. Escritores morrem abraçados no próprio texto. Não aceitam críticas. Não gostam de ser julgados. Acham que são os melhores do universo e metem pau uns nos outros. Ok, eu sei que existem médicos, advogados, dentistas, pintores, engenheiros, secretárias, administradores, balconistas convencidos. É do ser humano.
Procuro ter noção das coisas. Às vezes escrevo uma coisa e acho muito, muito legal. Em outras tantas acho um lixo. E a vida é assim: nem sempre dá tudo certo e nem sempre dá tudo errado. É aprendizado. Mas desconfio e procuro me afastar de gente que mostra uma vida que não precisa de retoques. Todo mundo precisa de ajustes, internos e externos. As pessoas que se amam demais se julgam quase perfeitas. Isso me preocupa. É tanto ego, tanta adoração que acho que tudo isso não pode ser amor. É piração. Quem ama entende que até o amor tem defeitos. É assim que a coisa funciona.