Imagem: Reprodução.Para quem não sabe, o Dia Mundial do Orgasmo foi criado na Inglaterra por algumas redes de sex shops. Algumas pesquisas mostraram que a maioria das mulheres inglesas não chegam ao clímax nas suas relações sexuais. Com as brasileiras não é muito diferente, não. De acordo com um estudo feito pelo Projeto de Sexualidade da USP (ProSex), 50% das brasileiras têm problemas para atingir o orgasmo e cerca de 12 milhões de homens sofrem de algum tipo de disfunção sexual. Por que isso acontece?
Deixando pesquisas e estudos de lado, vou falar da minha teoria: acho que falta conversa. Você pode achar estranha a minha frase, afinal, estamos falando de sexo e orgasmo, mas sempre acreditei no poder das palavras. Muitos homens ainda têm medo de expor suas fantasias para as próprias mulheres, assim como muitas mulheres têm medo de dizer o que gostam na cama.
Em uma relação saudável as pessoas precisam conversar sobre sexo. Dizer o que gostam, como gostam, de que forma querem ser tocadas. Não dá pra ter medo de dizer o que você sente vontade de fazer. O problema é que muita gente, ao invés de pensar no próprio prazer, se preocupa com o que o outro vai achar. Não estou levantando a bandeira do seja-egoísta-e-só-pense-em-
Muitas variáveis envolvem o sexo. Em algumas vezes a gente faz mais, em outras menos. E não tem nada de errado nisso. O que importa, (sei que é clichê, mas é verdade) é a qualidade da transa. Se é bom, se te satisfaz, se você goza, se gosta.
Me impressiona perceber que muitas mulheres não gozam e outras fingem. Por que fingir? Diga claramente que não gozou porque foi tudo muito rápido ou muito devagar ou muito forte ou, ou, ou. Mas diga. Seu parceiro precisa saber o que você quer e espera. Revele seus desejos, fantasias e sonhos sem medo de pensar no que ele vai achar de você. Não, ele não vai te achar puta. Não, você não precisa ter medo que ela te ache um depravado.
As coisas são bem mais simples que a gente pensa. É só abrir a boca e dizer, sem vergonha. Pense nisso, afinal, todo mundo merece ter aqueles poucos segundinhos de glória.
