Não tem nada pior do que você programar uma surpresa com todo carinho para alguém e este alguém estragar tudo. É claro que o ferrar-com-tudo depende de muitos fatores. Às vezes, a pessoa ficou presa no trânsito. Em outras, surgiu um imprevisto no trabalho. Também pode acontecer do cachorro adoecer, do pneu do carro furar, de surgir um mal-estar. Mas não importa, o sentimento é o mesmo: frustração.
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Se você me diz que vai chegar mais cedo eu realmente acredito que vai chegar mais cedo. Caso chegue mais tarde, por favor avise. Se der pra ter um pouco de antecedência, ótimo, assim não me sinto uma completa palhaça fazendo as coisas. Assim não tenho que ouvir das pessoas que realmente sou uma palhaça. Sei que imprevistos acontecem, mas quando algo envolve mais de uma pessoa acho que é nossa obrigação parar para pensar se nossas atitudes vão ou não afetar alguém.
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Acredito (e insisto nisso) que a gente sempre deve se colocar no lugar do outro. Ser menos egoísta, mais preocupado com o que o outro está pensando, fazendo, querendo. É evidente que você não vai parar a sua vida por causa da outra pessoa, mas se alguém é importante para você um pouco de cuidado e atenção sempre caem bem.
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Tento fazer um exercício e fico me perguntando: gostaria de ser tratada assim? Iria gostar que as coisas fossem desse jeito? O que eu pensaria se tal coisa acontecesse? O que eu iria curtir se alguém fizesse pra mim? Acho importante exercitar o pensamento, se colocar no lugar de. Isso pra mim é tão, mas tão importante que às vezes acho que esqueço de mim. Mas o que mais me deixa triste é a outra pessoa achar tudo natural, normal, não perceber, não se dar conta e falar o que não deve. Porque as pessoas magoam - e muito - com as palavras. Essas coisas deixam marcas. Mas vou procurar não dar muita importância. Aliás, este vai ser meu exercício preferido: deixar pra lá. Tomara que eu entre em forma logo. Por enquanto, enfio a surpresa no bolso da calça e meto um sorriso na cara, afinal, o mundo nunca para pra gente tentar se juntar de novo.
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