Ando com profunda preguiça de gente que só se queixa da vida. Sempre acreditei que ser feliz era uma espécie de obrigação. Não, não é fácil (quem diz que sim está mentindo descaradamente). É tarefa que dá trabalho, mas compensa. Ser infeliz é tão, mas tão chato. E deixa a pessoa com a pele sem vida, o olhar sem brilho, o sorriso amarelado que nem foto antiga.
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Tem gente que encara tudo com uma seriedade absurda. A gente deve rir mais da vida e das desgraças. É claro que às vezes a coisa enrosca, aperta, complica, pesa. Mas tem que saber dar a volta por cima, rir, rir, rir. Rir absurdamente. Rir desajeitadamente. Rir escandalosamente. Inventar um riso e rir pra ele. Inventar um riso e rir dele mesmo. Inventar e rir de si mesmo.
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Intriga dá ruga. Fofoca dá pé de galinha. Infelicidade deixa o coração capenga. Tem gente que não compreende um momento. E essa falta de compreensão vira inveja. E inveja não é coisa boa pra levar no peito. Eu já senti (quem não sentiu levanta o dedo), mas hoje sei que ser eu é tão bom. E tão louco. Mas eu me entendo comigo - e assim sigo. Me envergonho de poucas coisas. Me orgulho de muitas, principalmente de me aceitar como sou e ainda assim ser feliz. Sem medo nem vergonha.
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Hoje o que vejo são pessoas desesperadas por uma gota de amor, atenção, carinho. Por isso, endurecem. Criam escudos, vivem uma vida falsa com sorrisos falsos. Mas quando você deita a cabeça no travesseiro sabe que está só, que falta alguma coisa, que sobra sentimento escuro e falta aquele sentimento claro, nobre, bom, que preenche os vazios e enche a casa - e o estômago - de borboletas coloridas.
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A gente demora, mas aprende: existem os que só sugam e os que só procuram quando precisam. É preciso ter mais leveza para viver. E mais força para aceitar o que os dias nos trazem. Aproveite o final de ano e jogue fora suas mágoas. Cada um sabe o que sente e como sente. Tem muito sentimento bom dando sopa por aí. Agarre um pela mão e seja feliz, ao invés de ficar se lamentando e falando mal dos outros.