Eu, como boa romântica, sempre acreditei que o coração explica tudo aquilo que a gente não sabe direito. E essa é a mais pura verdade: o coração, sábio, resolve a nossa vida num passe de mágica. Basta a gente acreditar no que ele diz e, principalmente, se permitir.
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Ninguém disse que é fácil se relacionar. É por isso que muitos têm medo. É por isso que tantos outros preferem relações de uma noite, um final de semana, um mês. É por isso que muita gente troca de parceiro como quem troca de calcinha. Relações duradouras e casamentos longos são espécies raras hoje em dia.
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Já tive medo também. Medo do encontro comigo, receio do encontro com o outro. Um pavor de perder o que conquistei - e o que deixei a vida me ensinar. Um medo, forte, de não me reconhecer, de pedaços meus fugirem (para nunca mais voltarem). Bate uma aflição: e o meu espaço, e eu, e nós, e o que eu queria para a minha vida?
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Acho injusto a gente se esvaziar de sonhos, de amigos, de outros amores, de planos, de coisas que nos fazem bem. Para mim, a vida é soma: a gente junta uma coisa com a outra, vai enchendo o coração, preenchendo nossos espaços. É bem verdade que muitas vezes precisamos mandar tudo embora para recomeçar novamente. Mas o importa é que a gente nunca deixe de se enxergar no espelho e se ver no fundo.
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Certas dúvidas sacodem minhas certezas. Certos passos em falso abalam meu caminhar. A gente é tão pequeno, tão humano, tão simples. E a vida, meu amigo, é tão complexa, complicada, difícil. Será mesmo? O amor é tão simples. Um mais um é dois. E assim vamos somando. Mas e a vida? E o dia a dia? O amor e a cabana vão bem, obrigada. Mas a vida real grita lá fora, toca meu rosto e diz: o futuro pertence ao futuro. Ninguém sabe o que virá. E é isso que pouco a pouco mata. Ou, enfim, é o que nos faz lutar para sobreviver todos os dias.
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