Cansei de promessas e de ficar com a expectativa me rondando os pensamentos e apertando o estômago. Não tenho lá muita paciência para esperar o que virá. Queria ter o roteiro da vida entre os dedos, mas ao mesmo tempo penso: que graça isso teria?
Acredito em destino. Não que as cartas já estão marcadas e que toda a sua história já está escrita. Mas creio que nada é por acaso, que coincidências não existem. Acho, sim, que existe o livre arbítrio, que a gente faz escolhas e, consequentemente, arca com cada consequência. Acho que é mais ou menos um labirinto: muitas opções e dúvidas. E a gente que decide pra qual lado vai, por onde volta, como recomeça.
Acho que diariamente a gente gasta energia no que não importa tanto assim. É fácil falar, difícil é ter a maturidade e calma de dizer isso não vale a pena. Algumas coisas estão fora do nosso alcance, não adianta bater o pé. Muitas vezes a gente depende dos outros - e temos que aprender a lidar com isso. Para mim é um sacrifício enorme, já que gosto de ter o controle de tudo e resolver as coisas sozinha. Mas a gente está aqui, dentre outras coisas, para aprender. Para consertar as coisas, para conseguir ir mais além, para vencer as pequenas batalhas e medos diários.
Tento todos os dias aprender uma coisa nova, por menor que seja. Aprendi com meu pai o quanto isso é importante. E por pior que esteja meu humor, procuro ouvir pelo menos uma música por dia, dar um sorriso para um desconhecido. Pode soar bobo, mas faz uma diferença enorme quando a gente deita a cabeça no travesseiro e espera o sono chegar.